23 janeiro, 2012

Viva a hipocrisia? ...da futilidade a banalidade, depende de você!



Vivemos a era do espetáculo em que quase tudo vira noticia, desde que seja fútil ou possa ser banalizado. Assim navios que afundam perdem a graça com tanta aparição, até desperta alguns comentários, sensibiliza alguns, mas depois do segundo dia no sagrado midiático consegue apenas o comentário: “nossa, de novo, isso”. Luizas vão e voltam do Canadá, mas Josés continuam no anonimato e assim continuam sem educação de qualidade, sem oportunidade, sem direcionamento, sem família, sem casa, sem existir de fato, mas o que importa é alavancar o mercado consumidor e despertar o riso fácil, então para que se lembrar do José. Seres humanos que tem a pele do rosto arrancada, em supostos rituais macabros, tornam-se comuns e começam a fazer parte do nosso cotidiano, tudo tão natural que nem assusta mais, afinal o comum e acreditar que o ser humano é capaz de tudo, capaz de cometer qualquer maldade, difícil e raro é conseguir acreditar que o bem ainda existe, porque isso não passa na televisão. A policia que cumpre mandado torna-se vilã e vira post no facebook para os filósofos de plantão defendendo o desfavorecido para talvez aliviar sua própria culpa em observar que favelas são criadas graças a falta de mobilização daqueles que erguem bandeiras a favor do socialismo e tantos outros ismos, mas são incapazes de socializar qualquer coisa, afinal estão tão confortáveis em suas casas em bairro de classe média ou nobre que é mais fácil malhar a policia e culpar o governo em vez de realmente agir para mudar a realidade. Temos no Brasil 6.329 favelas, palafitas ou outros assentamentos irregulares - os "aglomerados subnormais" -, que não se construíram da noite para o dia, foram crescendo dia-a-dia, onde vivem mais de 11 milhões de pessoas, mas para que lembrar dessas pessoas se não são manchete, afinal se não é noticia atual para que comentar. Assim segue nossa humanidade em meio a futilidade e banalidade compartilhamos o egoísmo, curtimos o sensacionalismo, publicamos arrogância, discutimos o virtual, mas na real ... Realmente se importa com os outros? Doentes, idosos, crianças, esperam por sua visita. Famílias esperam pela sua contribuição, não pode salvar o mundo, ajude como pode, mas ajude não só com palavras, afinal a palavra só se torna viva quando vira uma ação, contribua. Professores esperam ser reconhecidos, não porque são donos do conhecimento, mas porque os conduzem a ele, valorize-o. A educação espera que você lute por ela, não precisa nem de armas, comece estudando, preocupe-se em aprender de verdade, cobre aprendizado, é direito seu e é constitucional, estude muito.

Toda mudança começa de dentro para fora, não adianta cobrar dos outros o que você ainda não fez. Quer um mundo melhor, seja melhor!

09 janeiro, 2012

Uma representante das muçulmanas contra a hipocrisia dos pseudo muçulmanos.


O presente artigo responde há uma entrevista dada pela deputada Ayaan Hirsi Ali para o Diário Regional, na sequência link dessa entrevista : http://www.diarioregionalrs.com.br/noticias/17431/Especial/Uma_mulher_contra_o_Isla


Uma representante das  muçulmanas contra a hipocrisia dos pseudo muçulmanos.


Em, 7 de setembro de 2011, Ayaan Hirsi Ali concede entrevista ao Diário Regional declarando sua aversão ao Islam e mostrando-se adversa as suas origens, contudo a então deputada na Holanda omite uma séria de fatos que escondem uma verdade submersa em interesses políticos e pessoais, misturando religião e cultura como se na atualidade isso ainda fosse possível, afinal religião que vem de religare ( ligar-se a Deus) não depende de hábitos e costumes de cada povo e sim da ideologia empregada dentro de cada religião a qual será aplicada em caráter individual, ou seja, cada individuo a prática conforme o que compreendeu, sendo assim se ela não segue , por exemplo, sua própria religião como deve ser, não significa que a religião esteja errada , mas sim ela mesma que burla aquilo que é pregado como princípio religioso, isso, pois, a ligação com Deus deve implicar tudo que é benigno e se foge a esse princípio quebra-se a ligação com Deus, afinal, Deus em qualquer religião, é amor e paz.

Seu primeiro argumento é remetido ao fundamentalismo islâmico, entretanto,  a deputada cometeu o lapso de não explicar o que significa , no Islam, o “dito” fundamentalismo, já que vindo de berço islâmico deveria  saber fazer a distinção do sentido real da palavra, não apresentada por ela, e do sentido empregado por uma parte da  mídia que é sensacionalista e usa a palavra fundamentalismo associada ao fanatismo sem medidas. Ayaan Hirsi apresenta, na palavra fundamentalismo islâmico, interesses de uma parte da imprensa que usa os meios de comunicação para manipular a grande maioria da população, a qual é desinformada em relação ao Islam, pois embora tenha crescido cada vez mais o número de muçulmanos, ainda é grande a falta de informações, e assim a deputada demonstra em caráter subliminar seus interesses em favorecer aqueles que estão no poder e tem no Islam um inimigo econômico potencial, já que o Islam não é aceitável a exploração, os juros, as trapaças, enfim, já que , no Islam, o correto é agir a favor da dignidade humana. O Alcorão abrange muitos versículos a respeito dos direitos humanos. Allah (Deus em árabe), louvado seja, diz: “Allah ordena a justiça, a prática do bem, o auxílio aos parentes, e veda a obscenidade, o ilícito e a injustiça.” (16:90). Dessa forma cabe ainda critica a essa parte da imprensa, e até a deputada , que vai longe para vender um falso conceito e não pestaneja em cometer os despautérios observados na Guerra Fria, isso, em relação ao inimigo presumido., ou seja, a imprensa usa o fundamentalismo para atrair leitores porque, por um lado adota a violência e o terrorismo e, por outro, discorda, fomentando assim polêmica e dividindo opiniões para desestabilizar e poder dominar conforme seus próprios interesses. O mesmo faz a deputada , a qual mente e desmente conforme seus interesses , prova disso foi  o próprio  pedido de asilo, na Holanda,  feito pela deputada através de mentiras  confirmadas por ela mesma após ter alcançado os objetivos que buscava. Contudo, "fundamentalismo" islâmico (ou muçulmano), é uma palavra que carrega em si, conotações cristãs e uma associação com o conflito entre a Igreja e outras filosofias durante o século XVII, sendo assim apresenta conotações problemáticas e infundadas ao Islam, pois a religião Islam caminha em todos os aspectos da vida , inclusive os da ciência incentivando a busca pelo conhecimento, entretanto  não significa também que o cristianismo seja em “essência” fundamentalista, mas que interesses políticos interferem nas religiões manipulando-as para favorecer a poderosos, isso desde os princípio dos tempos. Nessa constante prova-se a necessidade da  população  em passar a estudar com afinco o caráter religioso para desse modo descobrir , através de provas documentais e científicas, a verdade, a qual, tanto a deputada, quanto essa parte oportunista e manipuladora da mídia, tenta distorcer em relação a religião Islam, pois vendem acontecimentos tribais, parte cultural dos povos, como se pertencessem a religião , mas que são grandes inverdades por eles inventadas ou distorcidas.

 No conflito com o Ocidente, os jornalistas podem ter boas intenções, assim como alguns políticos, mas, não podemos nos esquecer de que temos os mais próximos dos maus círculos políticos, aqueles que têm interesses e assim investem pesado para manipular e conduzir a opinião pública , exemplo disso  são aqueles (as) que  apresentam mentiras e distorções em relação ao papel da mulher , segundo o Islam , e intitulam um dos maiores, senão o maior pacifista, o Profeta Muhammad ( colocado por muitos como Maóme, nome utilizado pelos cruzados portugueses em ridicularização, já que nomes próprios não recebem tradução, no máximo podem ser transliterados, mas nunca traduzidos- coisa que é comum na maioria das reportagens) como um feiticeiro. Isso, sendo que, no Islam,  é estritamente proibido a prática de feitiçaria, coisa comum na Somália e nas tribos a qual cresceu a deputada Ayaan Hirsi Ali  que omite o fato de em certas regiões o Islam não ser empregado em totalidade , mas misturado a cultura local fugindo assim do verdadeiro Islam. Nessa constante chegamos ao segundo argumento colocado por Ayaan feito equivocadamente em relação a mutilação feminina, MGF, prática que faz parte de rituais tribais e que nada tem a ver com a religião islâmica. Contudo, se há muçulmanos adotando esta prática , esses o fazem como cultural , eles não conhecem o Islam como deveria  e a maioria nem sabe ler ou escrever o que dirá compreender o Alcorão Sagrado, são ignorantes em conhecimento religioso e tem essa prática como herança anterior ao período pré-islâmico. Segundo Common Ground News Service (C.G.News) de fato, a circuncisão feminina, ou MGF, não é um fenômeno exclusivo da religião islâmica, mas reconhecido no continente África e em outros países predominantemente islâmicos como nos Emirados Árabes, Omã e Iêmen, assim como há  também muitos casos  nos EUA, Canadá, França e Inglaterra que também a praticam. Entretanto é dito pela WISE , ong islâmica em defesa a mulher (Women's Initiative Spiritualite and Iguality- Mulheres de iniciativa espiritual e igualitária): "Todo mundo sabe que  a MGF é executada na África e outras regiões islâmicas porque isso é o que a maioria das pessoas pensa, e essa comunidade foi feita para que a discussão seja aprofundada e não meramente baseada em posicionamentos pré-concebidos. Sei que a MGF é praticada por cristãos católicos, judeus, islâmicos e animistas e que não é preceito exclusivo de nenhuma religião. É ,antes de tudo, um rito de passagem, uma tradição fundida à própria cultura das pessoas, cujas origens se perdem no tempo. (C.G. News)”

 No Islam  a obrigação religiosa é o da circuncisão “masculina” e qualquer outra prática de mutilação é condenada. Uma das provas em relação a isso é que a mutilação feminina não acontece em todos os países islâmicos, mas em cidades as quais conservam raízes tribais, ou por imigrantes desses países, mostrando assim a  mutilação feminina com prática tribal, cultural. Temos inclusive, atuando nessas cidades, que praticam a mutilação feminina, verdadeiras muçulmanas, conhecedoras profunda da religião, as quais buscam ensinar o correto e acabar com essa prática tribal, que vai contra os princípios da religião islâmica, o qual tem a mulher como uma das criaturas prediletas por Deus, sendo assim jóias as quais devem ser protegidas, respeitadas, valorizadas e jamais violentadas, mutiladas ou podadas em direitos. Esse grupo de mulheres muçulmanas , que combate a mutilação feminina,  atua em mais de 25 países, nasceu em Nova York, e é conhecido como WISE (Women's Initiative Spiritualite and Iguality- Mulheres de iniciativa espiritual e igualitária) já citado em outro exemplo, mas  também omitido pela deputada Ayaan, talvez por falta de conhecimento da mesma.

A opinião pública nos países ocidentais mal conhece as atividades positivas que acontecem em todo o mundo em relação aos muçulmanos, afinal, mesmo quando temos reportagens em relação ao Islam o foco não é mostrar o bom, a verdade, mas sim mostrar mentiras ou distorções para denegrir o Islam. Talvez por isso, o movimento fundado com a iniciativa da mulher islâmica, em favor da espiritualidade e da Igualdade  , tenha sido omitido e não divulgado na mídia. A WISE (Women's Initiative Spiritualite and Iguality- Mulheres de iniciativa espiritual e igualitária - WISE) é uma rede social de movimento de justiça social para os cidadãos, que visa a criação de planos de carreira para as mulheres no mundo muçulmano.  Esse é um dos programas de sábios muçulmanos,  o qual visa eliminar a violência contra as mulheres e defender a sua causa no mundo em favor de muçulmanos e não muçulmanos. Segundo  o movimento, WISE, se basea no princípio de que "a violência é um fenômeno humano que existe em todas as culturas e comunidades de fé. A violência perpetua uma realidade constante na vida de milhões de muçulmanas, e não muçulmanas também, impedem o desenvolvimento nas esferas religiosa, cultural, política e econômica. Em todas as partes, a violência destrói o potencial das mulheres no seio da família, da comunidade, do seu país." Dessa forma prova-se o quanto a deputada  foi no mínimo desinformada ao proferir acusações muito mal fundamentadas contra o Islam, afirmando ser parte da religião a pratica da MGF, sendo que, se realmente a deputada tivesse sido uma religiosa muçulmana e estudado o Alcorão , ou seja, conhecido a própria religião, jamais se arriscaria a usá-la com inverdades para defender possíveis interesses.

Ayaan Hirsi Ali omitiu ou desconhece o fato de que, em 6 de fevereiro de 2010, WISE, instituição islâmica, lançou o Dia Internacional Contra a Mutilação Genital Feminina, uma prática com grande incidência na África, mas que ocorre em outro lugares do mundo também, infelizmente. A deputada, talvez desconheça, também, o fato de que esta praga afeta muitas jovens de diferentes religiões, afinal esta prática está ligada diretamente a costumes tribais e não a uma religião em si ( afinal cultos regionais não são considerados religiões e sim parte do costume de tribos, como já mencionado anteriormente, religião significa ligar-se a Deus e não a deuses), e omitiu o fato de que tanto clérigos cristãos como também muçulmanos se uniram para condenar a MGF.

Entretanto, WISE, para expandir a sua mensagem de condenação a MGF, e como parte de sua jihad contra a violência, trabalha com a Associação Egípcia de Desenvolvimento da Sociedade (EASD), uma ONG sediada em Gizé, a qual propõe uma educação contra a pratica em um contexto religioso e também oferece incentivo financeiro e de atividades que podem tornar uma alternativa de pagamento para as pessoas que realmente praticam a MGF. Por exemplo, em 2008, os membros da associação contataram Hussein Amin, um profissional na prática ilegal da mutilação (MGF é proibida no Egito desde 1996). Após receber a formação religiosa mostrando que a MGF não é islâmica e que é prejudicial às mulheres, Hussein concordou em parar de praticá-la, e, em contrapartida, passou a receber uma compensação financeira e uma nova equipe profissional no programa para auxiliá-lo. Mais de um ano sem praticar suas atividades ilegais, Hussein Amin orgulhosamente apresenta uma faixa da Universidade de al-Azhar na janela de sua barbearia, que declara que a MGF não é islâmica e está proibida. Dessa forma, observamos que em vez de pessoas tentarem deturpar o Islam poderiam agir mais, afinal proferir acusações infundadas é fácil, escrever despautérios  para causar polêmicas e espalhar mentiras também é fácil, mas difícil é  tomar medidas que propaguem o bem como as desenvolvidas pela WISE.

Ayaan Ali aponta o Islam como uma religião que diminui a condição feminina e ainda como uma religião que aliena as pessoas por participar de todos os campos de sua vida e com isso afirma nas entrelinhas que ter Deus em todos os aspectos da vida é algo negativo. Com isso, ela volta aos ideais iluministas cultivados para retomar o poder, que até então pertencia a religiosos cristãos, maioria no período pré- islâmico; mas que , na verdade,  buscavam meramente a retomada de poder. Exemplo disso, é o berço do iluminismo, França, que prega a igualdade, liberdade e fraternidade, mas proibi a expressão da religião pelas muçulmanas e  aceita a expressão de outras religiões através de crucifixos  ou solidéus , só  não pode  o hijab( véu islâmico) nas escolas e muito menos a burqa ( véu islâmico que deixa amostra somente os olhos, opcional pelas muçulmanas da França) em público , proibição baseada em falsos argumentos os quais também encobrem interesses políticos. A deputada colocou em seu discurso, o qual chega a ser um chiste,  que se , por exemplo, no caso da Primavera Árabe,   Hosni Mubarak caísse e um estado islâmico tomasse o poder  atrocidades contra as mulheres, como chibatadas ou apedrejamento por adultério, se tornariam mais frequentes e por outro lado, se os ativistas seculares liberais e de direitos humanos chegassem ao poder, em seguida, a situação das mulheres iria melhorar muito, entretanto não vemos muitas ações a favor da mulher na Palestina ,por exemplo, e isso tanto pela deputada , quanto por ativistas seculares. E mais ainda,  a deputada  que discorre inverdades sobre o Islam, como se de fato conhecesse a religião, omite uma série de fatos  e mantem em suas respostas tantos despautérios que poderíamos refutá-los um a um, mas os quais tornariam esse breve artigo num riquíssimo livro, cheio de verdades e provas, todos  não apresentados por ela , tanto nas respostas de entrevista , quanto nos livros escrito por Ayaan.  Mas, talvez a deputada não tenha feito com esmero por  não ser tarefa fácil pesquisar , estudar, conhecer de fato e ainda agir com justiça e imparcialidade sobre um assunto. A primeira dificuldade é que a pessoa tem que ser honesta e objetiva ou, pelo menos, fazer o máximo para o ser. Isto é o que o Islam ensina, mas que ela em seu berço islâmico não aprendeu. O Alcorão instruiu os muçulmanos a dizerem a verdade, mesmo que aqueles que sejam próximos deles não gostem disso:  "... e se falardes, sede justo, mesmo que se refira a um parente próximo" (6:152); "Ó vós que creram, erijam a justiça na partilha, como testemunhas de Allah, ainda que contra vós mesmos, ou seus pais ou seus parentes, ..." A outra grande dificuldade é o fôlego irresistível do assunto, ou seja, a busca incessante pelo conhecimento, pelas informações coerentes, reais, por isso a necessidade de muito estudar e conhecer a religião.

A maioria das pessoas confundem religião com cultura, e outras não sabem o que seus livros religiosos dizem, e outras ainda, nem sequer se preocupam  em conhecer de fato suas próprias religiões. Ayaan Hirsi alega que a posição  das mulheres muçulmanas no mundo atual é  resultado da cultura religiosa que permite sanções para as mulheres serem tratadas de forma cruel, mistura dessa forma cultura e religião não distinguindo uma da outra e assim mostra falta de conhecimento em relação ao Islam.  Ela faz tal afirmação baseada no  fato de ter crescido  nessa cultura e por acreditar  que há esperança de mudança, por esse motivo alega ainda que se dedica a trazer essa mudança, chamando a atenção para as questões centrais no coração deste assunto. Ela diz: “ O tumulto no mundo muçulmano não cessará até que as mulheres sejam reconhecidas e respeitadas como seres humanos com direitos iguais e liberdades. Sinto-me humilde e privilegiada por poder contribuir para essa missão... um sintoma de doença mais profunda. Qualquer reforma no atual status das mulheres muçulmanas não terá sucesso se não for acompanhada de reformas mais amplas em todo o modo de vida das sociedades islâmicas.” A deputada não faria tal afirmação se conhecesse a surata-''Harmonizai-vos com elas; pois se a menosprezardes, podereis estar depreciando um ser que Deus dotou de muitas virtudes.'' (4ª Surata versículo 19). E talvez se a deputada realmente estudasse a religião Islam observaria que direitos concedidos às mulheres recentemente na maioria dos países já foram garantidos às muçulmanas com a introdução do Islam há tempos e observaria no Alcorão Sagrado as diversas suratas que igualam as mulheres em direitos e deveres com os homens, mas lamentavelmente parece que ela prefere continuar fechada em sua cultura misturando o que viveu em sua infância com o Islam.

Como escrito por pesquisadores o Islam deve ser visto como uma religião que melhorou consideravelmente a condição da mulher e lhe garantiu muitos direitos que o mundo moderno só veio a reconhecer neste século. O Islam ainda tem muito a oferecer à mulher de hoje, dignidade, respeito e proteção em todos os aspectos e estágios de sua vida, desde o nascimento até a morte, além do reconhecimento, equilíbrio e meios para a satisfação de todas as suas necessidades espirituais, intelectuais, físicas e emocionais. Isso pode ser visto em todo mundo , pois muitos daqueles que escolhem ser muçulmanos em países como, um dos exemplos, a Inglaterra,  sejam mulheres. Nos USA, as mulheres se convertem ao Islam, numa proporção de 4 para cada homem .

Assim, há uma grande diferença entre o que alguns ditos muçulmanos supõem acreditar, como no caso da deputada, o que eles realmente praticam e o que é, realmente, a mensagem do Islam. Isto não é um fenômeno recente e tem sido assim por séculos e, infelizmente, continuará aumentando dia após dia. E mais, lamentavelmente, esta diferença reflete consequências desastrosas sobre os muçulmanos e não muçulmanos e se manifestam em quase todos os aspectos da vida: tirania e fragmentação política, economia, injustiça social, falência científica, estagnação intelectual etc.. Os muçulmanos no mundo estão necessitando de um renascimento que os aproximem dos ideais do Islam, e nisso eu concordo com a deputada, mas não como colocado por ela, os muçulmanos precisam realmente resgatar nos países islâmicos e não islâmicos, em que o Islam é misturado com cultura, uma total distinção entre religião e cultura e que seja praticado o Islam dentro dos ensinamentos do Alcorão e ensinamentos do Profeta Mohammad, que a paz e as bênçãos de Deus estejam sobre ele, espalhando-se pelo mundo a verdadeira mensagem do Islam, propiciando assim a mensagem de bem para toda a humanidade, como confirmado pelas observações e pesquisas de grandes homens na história como o célebre historiador Lane-Poole, o Major A. G. Leonard, Lamartine, um dos maiores poetas da França , entre outros; os quais definiram o Profeta Mohammad como um dos  maiores pacifistas no mundo, senão o maior. A revista Super Interressante citou “ que o Profeta Muhammad   disse ‘aquele que sai de casa em busca do conhecimento está trilhando o caminho de Deus’. E citou  que o profeta afirmou também que isso vale para homens e mulheres . Dentro desse espírito, nascia, no século X, a Universidade Azhar, do Cairo, a primeira do mundo, que atraía muçulmanos de toda parte. O conhecimento prosperava. Os muçulmanos formavam vanguarda na matemática, na astronomia, na medicina e na química.”(Super Interessante, Nov.2001)

Dessa forma, os problemas dos muçulmanos ,em geral, não são devidos ao fato de eles estarem muito presos ao Islam, mas exatamente o contrário, estarem afastados da religião ou terem a religião misturada a costumes. Com tudo isso, é possível afirmar-se que é perceptível na entrevista proferida pela deputada Ayaan Hirsi Ali  o quão , no mínimo, foi imprudente, a que se disse muçulmana um dia  , isso , pois , seu discurso foi em todos os aspectos não verídico e totalmente infiel a realidade do Islam, deixando assim evidente que ela nada entende sobre o Islam e mistura cultura e religião conforme seus próprios interesses. Por isso, aquele que de fato apresenta-se como, no mínimo, sensato prefere  pesquisar e estudar , muito antes de publicar ou acreditar em tudo que se apresenta como verdade, dessa forma ficará o convite a todos que ainda insistem em denegrir e distorcer o Islam: estudem o Alcorão, estudem os ensinamentos do Profeta (que a paz e as bênçãos de Deus estejam com ele), mas façam isso através de fontes seguras, fidedignas a realidade e não de interesseiros e manipuladores que pretendem mostrar o Islam como pratica perversa, contrariando a própria palavra Islam – Paz.

Professora Érica Renata Paiva- formada em Letras (Português/ Inglês) pelas Faculdades Integradas Teresa Martin. É também contadora de histórias, especialista em gêneros textuais pela PUC-SP, participou de diversos projetos sociais nas Faculdades Integradas Teresa Martim (UNIESP) como coordenadora de projetos; atuou como docente universitária convidada nos cursos de Pedagogia e Letras (UNIESP), participou do Simpósio Nacional sobre Multiculturalismo, Preconceito e Racismo no Brasil (UNIESP), atua como docente de Língua Portuguesa na disciplina Gramática (Colégio Miranda) e pesquisadora  sobre a identidade da mulher no Brasil.


Bibliografia.

NASR, Dr. Helmi.Tradução do sentido do Nobre Alcorão para a lingua Portuguesa.
drusso@abril.com.br, rcavalcante@abril.com.br e rvergara@abril.com.br A palavra de Deus.
Consultar: http://super.abril.com.br/religiao/palavra-deus-442461.shtml

MOHAMAD, Sheikh Aminudin. A Mulher no Islam Vol I e II.

Mehnaz M. Afridi, Ph.D. (www.mehnazafridi.com) militante dos direitos das mulheres. Consultar: www.wisemuslimwomen.org para mais informações sobre WISE. Artigo escrito para o Serviço de Imprensa de Common Ground (CGNews).

Fonte: Common Ground News Service (CGNews), 5 de março de 2010, www.commongroundnews.org Referências de não-muçulmanos ao Profeta Muhammad. Consultar: http://islam.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=162:referencia-de-nao-muculmanos-ao-profeta-muhammad&catid=49:artigos&directory=2

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