18 fevereiro, 2011

Contribuições de estudiosos muçulmanos para o desenvolvimento da ciência da literatura.


Escrito por Dr. Ragheb Elsergany (Tradução-Érica Renata)



Introdução:

Os árabes se familiarizaram com a ciência da literatura antes do surgimento do Islam.. Embora seja possível traçar o início das artes latinas e persas, é impossível fazê-lo com a ciência da literatura árabe, isso pois os textos que chegaram até nós são mais antigos . Muçulmanos aprenderam muitas coisas pertinentes às ciências da Grécia, mas é uma falha considerar a literatura Grega a melhor. A literatura árabe também não foi influenciada por características gregas, embora os árabes tenham lido alguns livros da literatura grega, como o livro "Poética" de Aristóteles e dos gregos épicos de renome- a Ilíada e a Odisséia.

Entretanto, foi a Literatura Árabe que influenciou a arte europeia - como veremos mais tarde – resultando a Literatura Grega e Latina. Dessa forma, a literatura árabe expressou a essência literária do mundo. A Literatura Árabe também estuda o núcleo do espírito islâmico e árabe.[1]


Definição de ciência da literatura:

Os estudiosos definem a ciência da literatura como: conhecimento para evitar todos os erros de interpretação na oralidade e na escrita árabe. Seu objetivo é aperfeiçoar as artes da poesia e da prosa, isso para refinar a mente e purificar a alma [2] . Ibn Khaldun disse: "Para os linguístas, a fruta é o objetivo, que é a perfeição das artes na poesia e na prosa, de acordo com os métodos e as tendências dos árabes. [3] "


Origem da palavra Al Adab "literatura" e seus tipos:

A origem da palavra Al Adab "literatura" era tão desconhecida que só foi revelada na época islâmica, uma vez que os árabes mudaram suas vidas através da comunicação com os países que tinham conquistado em literaturas anteriores. Quando o Islam foi difundido entre os povos destes países, a palavra Al Adab, do início da história, tinha o pensamento religioso revelando Sunnah, mas representava antes o estilo de alguns trabalhos e da cultura no geral, e era limitada a derivação para englobar toda a ciência. De um modo geral, poderia se dizer que se tratava da representação pela busca da perfeição nas artes da poesia e da prosa [4].


Poesia:

Poesia são enuciados que seguem uma métrica rítmica, ou seja, a última letra de cada enunciado deve rimar. A Poesia é considerada a melhor parte do conhecimento árabe, isso devido ao fato de que ela é ancestral. Ela chegou a nos no período pré-islâmico com as suas regras métricas. Existia uma diversidade de compositores árabes, que mais tarde foram chamados: ragaz maqboud, qarid e mabsout. No período pré-islâmico, os árabes costumavam ceder as praças para apresentação de poesias e elas ficavam à disposição dos poetas, às vezes os seus poemas eram apresentados na presença de pessoas de cargos importantes para a época, os poemas de fácil memorização “olhos-captura” eram pendurados nas parades da Kaaba e são chamados mua'laqa (pendurados ).

A poesia árabe tratava de temas variados como a ostentação, o elogio, a sátira, a elegia, a decepção, o amor e o erotismo. Mas, a ostentação, especialmente o orgulho tribal e linear, foi o tema central. Em fontes árabes, há muitos exemplos de ostentação no período pré-islâmico entre os poetas tribais, usados até para desencadear guerras e justificar o derramamento de sangue, isso até surgimento do Islam que proibiu terminantemente tais práticas considerando-as abomináveis. Entre os poetas árabes do período pré-islâmico é possível citar: Mohlhel, Emra'o al-Qais, al-al-Nabeagha Thubiani, Zuhair bin Abi Solma, Antara Shaddad bin, bin Abd al-Tarafa, Alqama al-Fahl, al-Asha e Bin Labid Rabeaa .. Existiram também, no mesmo período, poetisas famosas entre elas são citadas : -Hind e al-Khansaa. [5]


A poesia com o surgimento do Islam .

Com o surgimento do Islam, a poesia , que tinha como tema central a ostentação para justificar guerras e derramamento de sangue seguidas de tabus e linhagem tribal , tomou outro rumo e isso devido ao olhar equilibrado do Islam que exaltou assim os verdadeiros poetas e findou com os poetas hipócritas (falsos). Deus, seja Ele Altíssimo, diz: E os poetas -(somente ) a verdadeira conduta segui-los. Não vês que em cada vale eles vagam (tratam diversos temas), os desviados os seguem, e como eles dizem o que não fazem? Exceto os que creem e fazem boas obras e se lembram, amiúde, de Allah e se defendem, após haverem sofrido injustiça. E os que são injustos saberão qual tornada a que tornarão [Al-Shu'ar'a 224-227]. Ibn Kaab narrou que o Mensageiro (SAWS) disse:" Há sabedoria na poesia. " [6] Ibn Abbas (que Deus esteja satisfeito com ele) disse: "Se você não conseguir encontrar algo no Alcorão, você pode encontrá-lo na poesia. Isso está nos registros árabes." [7]


Os poetas deram suporte a Dawa (chamado/divulgação) islâmica , lutaram na batalha de libertação e conquista, elogiou o Mensageiro (saw) e seus companheiros, foram lutadores estimulados a continuar a jihad e o martírio pela causa de Allah, foram elegidos mártires. Entre os principais poetas islâmicos são citados: Kaab bin Zuhair (morreu em 26 AH-645 dC), o poeta do Al-Burda (o vestido), Abu al-Thua'ib Huthali (morreu em 27 AH-648 dC) e Hassan Thabet bin (morreu em 54 AH-674 dC).



Poesia na época dos Umayyad:

Na época dos Umayyad , os propósitos da poesia desenvolveram-se para incluir novas artes pertinentes à doutrina islâmica. Isso foi possível através do interesse dos califas e de governantes pela poesia, ou seja, de um lado o interesse do desenvolvimento da vida social, e por outro lado a emergência de partidos políticos. A Poesia desenvolveu-se, nesta época, de acordo às necessidades do estado e da 'percepção dos governantes, junto com a grande influência exercida sobre o público(povo). Os Umayyad usaram o pensamento como um meio de tornar públicas as suas conquistas, obter apoio para suas decisões, atacar os líderes de seus adversários, principalmente xiitas, Khawarejh e Zubayrioun. Os principais poetas são: Asha Rabeaa Abdullah bin Kharejah (morreu em 100 AH-718 dC), Udai al-bin Reqaa (morreu em 95 AH-714 dC), que foi o poeta do al-Walid bin Abdel-Malik. Entre os grandes poetas Umayyad iraquianos que viviam a sombra dos Omíadas, estão: Jarir (morreu em 110 AH-728 dC), Farazdaq (morreu em 110 AH-728 dC), e al-Akhtal (morreu em 90 AH-708 dC ). Quanto aos poetas de partidos anti-Omíadas, que englobam principalmente os poetas xiitas, estão: Abu al-al-Aswad Du'ali (falecido em 69-AH), al-Zaid Kumait (morreu em 126 AH), e Khawarejh poeta bin al Termah bin-Hakim (falecido em 100 AH), e-Zubayri poeta Ibn Qais al de al-Ruqaiat (morreu em 75 AH).Nesta época, a poesia erótica, que se dividia em dois tipos: platônica e puramente erótica. Ela foi caracterizada pela sua simplicidade verossímil e sobriedade. O primeiro tipo foi elaborado principalmente por : Jamil Buthaina (morreu em 82 AH) e Laila Al-Akhilia (morreu em 75 AH); enquanto o segundo tipo foi elaborado por Omar bin Abi Rabe'a (morreu em 93 AH) [8]


A poesia na época Abassid:

Na época Abassid, a poesia testemunhou uma grande revolução, tanto em quantidade e qualidade quanto em termos de assuntos, significados, métodos e vocabulário, isso com novos propósitos postos à luz, enquanto outros já existentes forma varridos. A poesia política e entusiástica, a poesia platônica e a poesia erótica se enfraqueciam, mas era evidenciada a poesia elogiosa e poetas de escrita sentenciosa. Ascética, Sufi, filosóficas, narrativas, poesia educacionais apareceram. Mais tarde, os poetas foram longe demais em usar os tipos de paronomasias e antíteses, e nas palavras de embelezamento, conduzindo ao renascimento do movimento poético e literário, em virtude da fusão entre diferentes comunidades e os elementos e transferência de culturas estrangeiras por meio da tradução, bem como a cristalização e doutrinário de diferenças políticas entre as seitas islâmicas, por um lado, e entre estes e outros por outro. Além disso, os poetas foram incentivados por califas e governantes em Bagdá e outras cidades. A literatura Abbasid produziu grandes poetas como: Bashar bin Bord (morreu em 168 AH), Nuwas Abu (morreu em 198 AH), Tammam bin Abu Habeeb Aws al-Ta'i (morreu em 228 AH), al-Buhtori (morreu em 284 AH ), em al-Romi (morreu em 283 AH), Abu al-al-Tayyib Mutanabbi (morreu em 354 AH), Firas Abu al-Hamdani (morreu em 357 AH), e Abu Ala Al Al-Marri (morreu em 449 AH). [9]


Poesia em Andalusia:

Na Andaluzia, os poetas Andaluzinos inventaram e desenvolveram o muwashah (forma pós-clássica da poesia árabe dispostas em estrofes) método inovador. O metódo muwashah foi um grande passo para o desenvolvimento do formato nas poesias árabe, isso pois os poetas podiam fazer o que quisessem na rima e na métrica das construções poéticas. Esse levou ao surgimento do popular zagal (poemas em forma estrófica). Ibn Khaldun diz: "Quanto ao povo da Andaluzia, quando a poesia floresceu em seu país, seus métodos e as artes foram refinadas e foi elegantemente compostas, mais tarde, os poetas inventaram uma chamada muwashah arte." [10] Entre os poetas da Andaluzia estão pendentes Ibn Zaydoun (morreu em 463 AH), e do rei de Sevilha bin Abbad (morreu em 488 AH).


A Prosa e a expansão da arte da escrita:

A prosa é a forma de acesso ilimitado da linguagem escrita. Não foi menos próspero e produtivo do que poesia. No início do Islam, a prosa era simples, direta e concisa. Ela tinha várias formas, envolvendo mensagens, sermões, Hadith, provérbios e contos. Desenvolveu-se na vida social e mental da sociedade com diversos tipos de prosa e arte. A arte de escrever surgiu e cresceu na época dos Yumayyad. Entre os primeiros escritores estão: Abdel-Hamid al-Kateb (morreu em 132 AH), que tinha como hábito escrever em suas mensagens: "A escrita começou com Abdel-Hamid e terminou com ibn al-Amid ".

A arte de escrever cresceu no período Abassid. Proeminentes escritores- entre os principais- al-Jaheth (morreu em 255 AH), que desenvolveu a prosa sem rima, alargou o seu âmbito e se tornou o escritor-chave, e Ibn al-Muqafaa (morreu em 142 AH). A Prosa atingiu seu ápice no século Hejira quarta, que veio com escritores famosos como Abu al-Hayan Tawheedi (morreu em 400 AH) e Ibn al-meio (morreu em 366 AH) e outros, que eram famosos por prosa rimada. Mas, depois, a prosa foi esmagada por uma onda de embelezamento verbal e grandiloquência extrema em detrimento do significado. Isto é claramente mostrado, mais tarde, na maqamat (contos) e mensagens de alguns escritores.


Tipos de prosa:

Mensagens:

As mensagens são um tipo de prosa artística. There are two types of messages; formal or general messages, and informal messages. Existem dois tipos de mensagens: formal ( mensagens gerais), ou mensagem informal ( mensagens simples). No inicío do Islam e no período Umayyad, as mensagens eram muito concisas e inequívocas. No período Abassid, escritores de diwan (escrita correta) começaram a escrever mensagens de grandiloquência e de maneira esplendida. Entre os famosos escritores de mensagens estão: Abdel-Hamid al-Kateb, Ibn al-meio, al-Saheb bin Abbad, e outros. Nas mensagens especiais (ikhwania), que eram trocadas entre amigos temos como principais desse tipo de mensagens os escritores: Al-Jaheth e bin Zaidoun


Oratória:

Oratória é um outro tipo de prosa árabe. Os muçulmanos, depois da poesia, deram a esse tipo de prosa muita atenção, uma vez que trata da linguagem retórica e envolve de maneira entusiástica desenvolvendo a imaginação. A Oratória teve muita influência no período pré-islâmico e no surgimento do islamismo. Os árabes usaram a oratória para formar os seus filhos ainda em idade precoce.. Livros literários eram repletos de vários discursos retóricos. O quarto califa Imam Ali bin Abi Taleb (que Allah esteja satisfeito com ele) foi o orador mais famoso da período dos quatro califas justos. O livro "Nahj al-Balagha" ou (Abordagem da Retórica) continha seus sermões e mensagens de retórica, mas incluiu muitas orações que foram sem comprovação atribuídas a ele. A Oratória explodiu na época dos Umayyad, com vários califas e governadores como, por exemplo: Malik bin Abdel-Marwan, al-Hajjaj bin Yussif e Zyad bin Abeeh . Esses eram responsáveis pela oratória, isso para transmitir suas mensagens às pessoas e influenciá-las através de sua divulgação, de seus princípios e propósitos. Esta época deixou para trás uma grande parte da retórica e de riquíssimos e ideológicos sermões que foram verbalizados. However, in Abbasid era, oratory had largely declined compared to previous eras, with no then caliphs having been renowned for oratory. No entanto, no período Abassid, a oratória foi largamente diminuida em relação a épocas anteriores, não havendo, por isso califas que ficassem conhecidos por sua oratória.


Provérbios:

Os muçulmanos eram tão interessados em provérbios que eles coletaram e escreveram-nos em livros, dentre os mais famosos estão:"Mugamaa al-Amthal" ou (Coleção de Provérbios) por al-Maidani [11] , e "al-Fi Mostaqsi Amthal al-Arab" ou (Localizador de Provérbios árabe) por al-Zamakhshari [12] , que está em ordem alfabética, pois é um dicionário de provérbios árabes.


História:

Os muçulmanos possuem uma herança enorme de histórias que as pessoas ainda ficam impressionadas quando tem oportunidade de lê-las, isso graças à abertura de espírito relevante, a imaginação fina e fictícia. Eles incluem principalmente as histórias de Antar ou Antara, que era um cavaleiro negro da tribo Abs, Bin Saif Thi Yazen, um herói iemenita, Abu Zeid al-Hilali, um herói de Marrocos e Al-Dhahir Bebars, o sultão do Egito e um herói da cruzada e guerras Mughal.


Maqamat (contos):

No século Hejira quarto, maqamat (histórias curtas) vieram à tona, com escritores famosos como por exemplo: Badea al-al-Zaman Hamathani (morreu em 398 AH), que escreveu 400 maqamats (contos) que giravam em torno de dois heróis, Issa bin Hisham e Abu Al-Fath al-Iskandrani; Ibn Naqia (morto em 485 AH), outro escritor famoso seguiu os passos de al-Hamathani e al-Hariri (morreu em 516 AH), ele escreveu sobre as aventuras de Abu Zeid al-Sorugi e Hareth bin Hammam, que eram muito inteligentes. [13]

Entre os mais famosos livros literários Ibn Khaldun diz: "Os pilares da escrita perfeita são quatro "; Adab al-Katib "(O escritor da Literatura) por In Qutaiba [14] , "Al-Kamil" (o perfeito), por Mebarrad [15] , "Al-Bayan Watabeen" (Eloquência e Ilustração) por al-Jaheth [16] , "al-Nawader" (A Raridade) por Abu Ali al-Qali [17] . " [18] Há também livros famosos que não se pode ignorar a este respeito, incluindo a "Al-IQD al-Farid" (O Colar Unico) por Ibn Abd Rabuh (morreu em 328 AH), "al-Aghani" (as canções) por Abu Faraj al-Asfhani (morreu em AH 365), e outros.


Nos próximos artigos, se Deus quiser, vamos ver como a literatura árabe islâmica influenciou as literaturas no mundo.


BIBLIOGRAFIA:


[1] Abdel Monem Maged: Tareekh al-Hadara (History of Civilization), P. 197
[2] See: Al Qanougi: Abgd Al Olum (Dictionary of Sciences), 2/44
[3] Ibn Kaldoun: Al Ibr, (the Examples), 1/553
[4] Abdel Monem Maged: Tareekh Al Hadara, (History of Civilization), P.198
[5] Ibid, PP. 198-200.
[6] Al Bukhari, (5793), Abou Dawood (5010), Al Termthi (2844), Ibn Magah, (3755)
[7] Al Mustdrak (3845)
[8] Raheem Kazem & Awatef Mohamed Al Arabi, Al Hadara Al Arabia Al Islamyeh, P.173,174.
[9] Ibid, P,174
[10] Ibn Khaldoun, Al Ibr (The Examples), 1/583.
[11] Al-Maidani: He is Abou Al Fodl Ahmed Ibn Mohamed (died 518 AH- 1124 AD), a man of letters. He was born and died in Naisabour. See: Ibn Khaldoun, Wafayat Al Ayan, 1/148 & Al-Zirikli, Al Alam, 1/214.
[12] Al-Zamakhshari: He is Gar Allah Abou Al Qasem (467-538 AH/ 1075-1144 AD), one
of the greatest scholars in religion and letters. See: Ibn Khaldoun: Wafayat Al Ayan, 5/168-171.
[13] see: abdel Monem Meged: Tareekh Al Hadara Al Islamya fi Al Osour Al Wasta, P 206-207, and Raheem Kazem and Awatef Mohamed, Al Hadara Al Arabia Al Islamyah, P,175-177.
[14] Ibn Qutaiba al-Dinori: Abu Mohammed Abdullah bin Muslim bin Qutaiba al-Deinori (213-276 AH/828-889 AD), an interpreter, faqih, novelist, historian and linguist, a great figure of the third Hejira century, born in Kufa. See al-Thahabi: "Siar al-Alam al-Nobalaa" (Biographies of Noblemen) 13/296.
[15] Al-Mebarrad: Mohammed bin Yazid bin Abd al-Akbar bin Umair bin Hassan (210-286 AH/826-899 AD), a great linguist and grammarian, born and brought up in Basra and died in Baghdad, his famous book is "al-Kamil Walmoqtadab" (The Perfect and The Concise). See al-Thahabi: "Siar Alam al-Nobalaa" (Biographies of Noblemen" 13/576.
[16] Al-Jahith: Abu Othman Amr bin Bahr al-Kenani (163-255 AH/780-869 AD), a great literary figure and chief of al-Jahethia sect of al-Muatazila, born and died in Basra, he wrote rhetorical books, including "al-Bayan Waltabeen" (Eloquence and Illustration). See al-Asfhani "Shatharat al-Thahab" (Fragments of Gold) 2/121 and 122.
[17] Abu Ali al-Qali: Ismail bin al-Qasim bin Aythou (288-356 Ah/901-967 AD), the best at his time in memorizing language, poetry and literature, born in Managrad off the eastern Euphrates beaches and died in Qurtoba, he wrote "al-Nawader" (The Rarities); known as Amali al-Qali. See al-Safdi" "al-Wafi Belwafiat" (Presentation of Deaths) 9/114.
[18] bn Khaldun: "al-Ebar Wadiwan al-Mubatada Walkhabar" (The Lessons and Diwan of The Subject and The Predicate) 1.553.

http://en.islamstory.com/contributions-of-muslim-scholars-to-the-development-of-science-of-literature.html#_ftn1

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